dezembro 22, 2012

EUA | Quando os dogmas levam à morte

Nos Estados Unidos, há quem (as associações que defendem a venda livre de armas de fogo) prefira pensar que a violência mais depressa advém do contacto com os videojogos do que da venda livre de armas. Num país onde a liberdade é a palavra de ordem, há quem entenda que ser livre também é sinónimo de possuir armas de fogo.
Tenho medo do ser humano.

"It's not too soon, it's too late. Enough!"

4 comentários:

  1. Ninguém de bom senso pode defender esta estupidez.
    As armas fazem parte do Homem desde sempre, mas há nas armas de fogo algo que é terrível, que ultrapassa a relação que um gesto violento tem com o esforço físico correspondente, algo que faz parte da nossa memória instintiva. Quando uma leve pressão liberta os demónios presos dentro da cápsula de pólvora, nada detém a viagem do projéctil. Não é como dar um estalo num gesto de raiva do qual nos arrependemos no instante seguinte.
    A bala sai do cano e perfura o que encontra no caminho, sem retrocesso ou arrependimento. Premir uma pequena alavanca, gatilho, é algo simples de fazer e transmite por isso uma tremenda sensação de poder, uma espécie de atracção para o abismo...
    Quando pensamos que a grande maiorida das mortes com armas de fogo saõ acidentais, temos todas as razões para proibir o uso dessas monstruosidades. Uma sociedade em paz não precisa de arsenais de armamentos de guerra, armas de repetição de tiro contínuo nas casas de cada cidadão, uma simples pistola manual já é perigosa quanto baste e na parte que me toca, já que tive de andar meses a fio armado e fazer uso de armas, não transmite qualquer sensação de segurança, antes pelo contrário.
    Por outro lado, estudos sérios e demorados mas escondidos cuidadosamente da grande opinão pública americana pelos lobbies armamentistas, demonstram a enorma alteração a nível psicológico que os protagonistas atravessam aquando dos massacres que um simples premir de um gatilho proporciona. Um véu de loucura desce sobre as suas mentes a partir do momento em que a primeira vítima tomba e transforma-os em um furacão imparável e assassino.
    Se juntarmos a uma sociedade que cultua as armas o ratio normal de cidadãos com problemas de ordem comportamental e distúrbios psiquiátricos, é fácil concluir que episódios de matanças são uma questão apenas de estatística.
    Onde puder assinar para um "Não" é contar comigo.

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