dezembro 23, 2011

um Natal para quem quiser...

era uma vez…
um natal feito desgraça
tão sem graça
a meio gás
sem luz nem riso na praça
às ordens do capataz
sem se iluminar a noite
com tudo o que nos apraz
sem coragem que se afoite
por raiva
amor
ou objecto
de saber que se é capaz
de dar brado e colher eco
cada um sob o seu tecto
mas irmanados na paz

era uma vez…
um natal de tal vergonha
dessa coisa vil
medonha
de não erguermos a voz
contra mantos de negrume
ou solitário azedume
sem vontade que se arrume
por não sabermos de nós…

e tudo era o que só era
sem apurarmos porém
que o amanhã está à espera
do dia que já lá vem…
não fiques então à espera
pois quem espera desespera
seja cá
seja em Belém

talvez se unirmos a voz
um ao outro
sem temores
seja o Natal mais de nós
e não de um outro qualquer
mais nosso
com mais valores
e será de mais amores
sempre que um homem quiser.

- Jorge Castro... Sendo esta a mensagem de Natal que me apetece deixar a quem por aqui passar.

6 comentários:

  1. E a mim apetece espalhar a tua mensagem por todos os meus amigos.
    Abre aço!

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  2. Espalhemos então a mensagem, cantando-as por todas as partes enquanto não nos faltarem, engenhos e artes ... ;I)

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  3. Fantástico...Eis o que queria dizer, mas não consegui escrever.

    Bem-haja,
    JA

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  4. Para quem não conseguiu escrever, escreveste muito bem.

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  5. Bem observado, São Rosas.
    Quantas vezes dizemos tantas palavras mas ficam as coisas por dizer?
    Eis a dificuldade da escrita: descobrir o caminho, nem sempre o mais curto, nem sempre o mais belo, por entre o caos das letras.

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