janeiro 11, 2011

Diário solidário e (ainda por cima) natalício de um grande administrador de uma grande empresa - apontamentos de jornada em prol do combate à pobreza

Hoje, depois de cumpridos os compromissos de agenda do dia e concluída que foi a última reunião do Conselho de Administração da empresa, dei instruções à minha secretária para contactar o habitual tipo da agência noticiosa, informando da minha hora de saída…

Tenho de me deslocar àquele banco de recolha de roupa e outras dádivas (de que nunca me lembro do raio do nome…), a fim de cumprir algumas obrigações de solidariedade, que ficam sempre bem e são tão necessárias nos dias que vão correndo, com tanta miséria que para aí vai.

Este ano, a coisa está fácil: tenho, no armário do gabinete, aquele fato com uma pequena mancha de café -  que a Mónica Andreia, sempre estouvada, verteu sobre mim quando rodopiou para me deixar apreciar a mini – eh-eh-eh… aquilo mais parece um cinto largo do que uma saia (pois, pois, já sei que é uma piada seca, velha e relha mas que se adapta, ai não se não se adapta…) - e uns ursitos de peluche que sobraram do Natal do ano passado… E está feita a festa!

E um tipo faz um vistaço, ora pois, que o fatinho é novo, ainda está catita e é de marca! Mas já não justifica a ida à lavandaria.

Depois, lá para as sete da tarde, temos aquela cena de lavagem de pés aos sem-abrigo, que é coisa bem apanhada e tem um impacto mediático do caraças, ainda que seja uma javardeira dos diabos. Mas estão lá aquelas enfermeiras, todas jeitosas, para nos desinfectarem… 

- Qualquer semelhança com factos ou personagens reais de algum pequeno e pantanoso mundo é pura e lamentável coincidência, por muito piroso e nonsense que tudo pareça.


8 comentários:

  1. Coitadinho do senhor administrador...

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  2. Não sei. Ainda não se me fez Luz.

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  3. Nem nada disto seria muito relevante, pois pão e circo é uma fórmula mágica que os «senhores do mundo» praticam desde há longa data, para manterem as hordas da populaça contidas.

    A diferença, progressivamente instalada, é a de que no circo actual, os palhaços se sentam na plateia... e somos nós todos.

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  4. O Malato é que diz, lá no concurso dos Buererés dos Milhões que por lá urço"...

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  5. Olha la´
    o comentário ficou truncado
    o queria dizer era :O Malato é que diz, lá no concurso dos Buererés dos Milhões onde_o_dinheiro_abunda mas que por acaso nunca saiu e se calhar nunca sairá a ninguem,
    "que padeço um urço"...

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  6. Agora deste em sopinha de massa, Charlie?

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