abril 21, 2010

Artigo do jornal i: «Castigos corporais. Reguadas fazem bons alunos»

"A reguada regressou às escolas do Texas a pedido dos pais. Em Portugal as memórias são demasiado frescas para se defender o mesmo."

O professor Rogério, meu Pai, tinha uma régua onde tinha escrito de um lado "Chocolate Regina..." e do outro "... é coisa fina". Lembro-me de ter levado, em quatro anos de escola primária, algumas reguadas. E nenhuma foi imerecida.
Do que me lembro, e muito bem, é de eu ser criança e tanta pessoa «crescida» que eu nem conhecia ir a nossa casa visitar o meu Pai e, relembrando os tempos de escola, agradecer "as reguadas que me deu, que na altura me doeram mas agora reconheço que me ajudaram a ser o que sou". Visto agora, à distância, não me parece que aquela malta fosse toda uma cambada de masoquistas.
Bem, antes que os meus amigos de Caria me chamem a atenção, chamo eu: a minha Avó, a professora Claudina, era brilhante a ensinar mas também tinha a fama e o proveito de uma mão pesadíssima. A sua cana da índia ficou marcada em muito boa rapaziada. Lembro-me de ela pedir a um colega meu, cujo pai era o fornecedor de canas da índia, depois de partir a que estava a usar na cabeça do próprio rapaz:
- Pede ao teu pai para tu trazeres amanhã uma cana.

2 comentários:

  1. O meu professor da "Primária" também deve ter estado no mesmo Workshop: também pedia para lhe trazerem as canas e quem lhas arranjava tinha o privilégio de as estriar...
    Hoje, penso que seria uma forma diferente de combater a corrupção da época: a "graxa"!

    ResponderEliminar
  2. Olha que o rapaz que levava as canas (e com as ditas) não achava graxa nenhuma.

    ResponderEliminar