junho 02, 2005

Uma nova colega com os mesmos problemas de todos nós

"Descobri o seu livro nos escaparates da Bertrand e gostei do título que lhe deu. Agora, descubro o seu blog, no qual apenas «surfei» um pouco.
Li a introdução do seu livro e fiquei curiosa pois, de facto, há muita coisa que não se aprende num generalista curso de Gestão...
E, como eu também tirei o curso de Gestão - mas pela excelente escola de Gestão do ISCTE em Lisboa - vou concerteza ler todo o seu livro.
Agora que comecei a trabalhar, tomei noção que existem muitas formas de fazer diferentes das que nós, universitários, aprendemos a fazer. No entanto, também há muitas formas de «dar a volta à coisa» e nisso os Portugueses são especialistas... Criam-se argumentos falaciosos e rebuscados para evitar uma qualquer obrigação, dever, regra, norma ou mesmo lei.
Há que mudar esta tuga-mentalidade com urgência e evitar que a mesma se propague pelas gerações mais novas - a minha...
Basta ceder uma vez para ficarmos na zona de acomodação que criámos em nosso redor...
Não entrando em questões políticas, o Estado tem um papel fundamental nessa mudança: desde a primária, passando pelo secundário e mesmo o ensino universitário, existem muitos acomodados que incutem a inércia e o «desenrasca» aos próprios alunos, pois ninguém os lidera, controla ou avalia.
Se passarmos esta dimensão para os serviços públicos (segurança social, hospitais, IEFP, tribunais, finanças, ministérios, Assembleia da República...) vemos que o caso português é quase clínico, uma vez que se verifica uma desordem, uma desorganização. Tudo porque todos no sistema interno se sentem assegurados, donos da sua secretária e de nada mais. O Patrão-Estado é uma figura intangível que não pune a sério, que até dá subsídios improdutivos mas chorudos, e que nunca vigia atitudes e comportamentos dos altos gestores públicos. Como tal, esses senhores também não têm necessidade de avaliar o que está a ser feito (erros, gastos,...) pelo restante factor humano da pirâmide.
É, de facto, um problema muito sério e que urge ser resolvido!
Cristina Pereira"

Recebido por e-mail

Independentemente dos pontos de vista que se tenha sobre os mais variados assuntos, é importante que se formem com base em premissas sólidas.
Tu mostras com clareza o que eu refiro no livro: dominar as regras da argumentação racional é muito importante para o nosso dia-a-dia pessoal e profissional, em que somos bombardeados com «verdades de fachada».

2 comentários:

  1. Desculpe esta intromissão.
    Não sendo eu um candidato a gestor, não li o su livro,mas...olhando para a capa, abria-o de certeza.
    Parabéns pelo seu livro e parabéns pela capa.
    Boa...em qualquer parte do mundo.
    Abraços.

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  2. Ena! Um elogio destes vindo de um especialista em design gráfico só me pode deixar mesmo muito satisfeito.
    Aproveito para salientar um detalhe: saber argumentar não é só necessário para gestores, e sim para praticamente todas as situações do nosso quotidiano, quer profissional, quer pessoal.

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